foto: Roberto Silva
Duas enormes crateras, uma de aproximadamente de 12 metros e outra de
5 metros, estão tirando o sono de moradores do bairro Morada Candeias
(também conhecido como Vila Coelba). Com as chuvas, o solo está cedendo e
avançando em direção às casas. O local se tornou conhecido após o
temporal de 2010, quando cinco casas foram parcialmente destruídas.
As
crateras começaram a se formar após as chuvas da última semana. Fortes
estrondos assustaram as 30 famílias que moram ao lado da encosta,
localizada na região próxima à antiga estação de tratamento de esgoto de
Vitória da Conquista (o Penicão). Segundo um dos moradores, dona
Claudia Vanuza, “o barulho era muito forte. Pensamos que eram trovões,
depois pensamos que eram carros sendo arrastados. Só pela manhã que
descobrimos que os barrancos estavam caindo”.
O local onde se formou a cratera é o ponto onde escoa a água que se
concentra na região próxima à sede da Coelba, na Av. Olívia Flores. Os
dutos foram construídos durante a chegada de um hipermercado na região.
O filho de dona Claudia, o pequeno Gustavo de 11 anos, conta que
brincava no terreno baldio ao lado da casa e descobriu a cratera. “Eu
nunca vi isso aqui. Foram pedras do tamanho de um carro desabando”,
comentou.
Assustados ainda com a terrível imagem das cinco casas parcialmente
destruídas e outras tantas invadidas pelas águas da chuva de 2010, as
famílias estão apreensivas com a possibilidade de outro drama.
A exatos quatro anos, no dia 16 de novembro, uma grande concentração
de água carregou carros e derrubou muros de cinco casas, somente na
localidade. A destruição também foi vista próximo do local, em moradias
ao fundo do prédio da Justiça Eleitoral. Além de perder diversos móveis,
os moradores tiveram que dormir por dias fora de casa. Até hoje, alguns
moradores esperam o desenrolar do processo que pede indenização da
Coelba.
Dessa vez, o medo é que os deslizamentos da encosta comprometam a
estrutura das casas e obriguem, novamente, as pessoas de procurarem
outro lugar para dormir. “Já reunimos com outros moradores e avisamos a
Prefeitura, mas até agora ninguém da Defesa Civil veio aqui, nem avisou
para a gente o que será feito. O que não pode é esse buraco continuar
crescendo”, diz Dona Claudia.
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